Capítulo 8 — Caverna Barulhenta

Mais uma manhã na cidade de Jubilife. Os pássaros cantando; sorrisos de conversas na cidade ao lado; o ardente sol que permanecia mais quente que o normal. Muitas das pessoas que passaram a noite no Centro Pokémon já estavam de saída do local, pagando sua hospedagem e também seguindo suas viagens e jornada, em caso dos personagens. A enfermeira Joy no momento estava dormindo em seu quarto enquanto Chansey ajudava recolhendo o dinheiro de todos.

Tocando o despertador com uma música calma e um pouco aguda, Lucas acordou com o barulho perto de seu ouvido que vinha do seu relógio despertando-o. Mesmo querendo dormir mais, ele sabia que alguma hora teria que acordar mais cedo para chegar o mais rápido à Oreburgh e não ter mais preocupações em descanso.

As cortinas do quarto de Lucas e Barry tampava uma parte do sol, mas isso não deixou que acordasse ambos. Se levantando devagar, Lucas ficou sentado na cama por alguns segundos esfregando seus olhos. Tocando o chão gélido e úmido com seus pés descalços no momento. Estava sonolento, porém, ao contrário dele que acordava por qualquer coisa, Barry parecia dormir como se não fosse acordar nem se fosse o fim do mundo.

— Barry? Acorda. — Balançava o amigo que continuava dormindo mesmo com tantos chamados ao seu nome.

— Hm. Só mais cinco minutinhos, mãe. — Levantou os braços colocando a mão no rosto do Lucas o afastando de forma fraca, porém, com o objetivo de deixá-lo em paz.

Impaciente, Lucas suspirou, porém, teve uma ideia para acordá-lo, mesmo não sendo tão eficaz em seu pensamento.

— Se não acordar agora, vai perder o café da manhã. — Disse bem baixo sussurrando para o Barry que ainda permanecia deitado na cama.

— O queeeee?! Ok, ok. Já estou acordado! — Levantou-se da cama em um pulo, com o cabelo ainda bagunçado por ter dormido tão bem, além de que se mexia muito quando dormia, mais um motivo de seu cabelo tão bagunçado e desarrumado.

— Pelo menos assim acordou. — Lucas soltou algumas risadas do susto do amigo.

— Ah... Vou dormir de novo se era apenas mentira.

Resmungou levemente, se jogando para a cama querendo voltar a dormir. Porém, antes disso, Lucas pegou ele pelas mãos impedindo de tal fator acontecer. Sendo o mais responsável dos dois, Lucas não deixou que Barry dormisse novamente por saber das consequências de seu possível atraso caso demorasse em sua jornada.

— Nananinanão, você vai continuar acordado. Vamos logo, também tenho que me arrumar e para isso, terei que te esperar, sabia?

— E por que não vai na frente? — Barry esfregou os olhos, ainda sonolento por ter acabado

— Não confio muito em deixar tu aqui sozinho. Você vai acabar dormindo de novo.

— Tá, tá... — Bocejou, cansado de ouvir Lucas falar tanto.

— Vou confiar em você. — Afirmou Lucas, não muito confiante.

Sem muita insistência, Lucas saiu do quarto passando pelos diversos dormitórios que tinham no Centro Pokémon, descendo as escadas que levavam até o primeiro andar. Se dando de encontro com sua irmã, Dawn e sua parceira de viagem, Astrid. Ambas estavam esperando os garotos e pela reação das duas, estranharam de só ver o Lucas descendo pela escada, sem o Barry.

— Ué, cadê o Barry? — Questionou Dawn um pouco confusa.

— Tá se arrumando. Talvez ele foi dormir de novo.

— Quer saber? Nem ligo. Eu só estou com fome. — Dawn deu de ombros, indo para fora do Centro Pokémon procurando algum estabelecimento na cidade onde pudesse comer alguma comida bem simples. Por fim, voltou para onde a Astrid e Lucas estavam entregando para ambos um sanduíche.

— Trouxe pra gente também? — Perguntou Astrid surpresa com o lanche repentino.

— Claro, oxi. Achou mesmo que eu seria egoísta bastante pra esquecer de vocês?

— Vai saber. — Disse Lucas por fim antes de dar uma grande mordida no sanduíche pela tamanha grande fome que sentia no momento.

Um pouco de depois, um pressa imensa em passos — que batiam fortes e fundos contra o chão de madeira —, podiam ser ouvidos de dentro do Centro Pokémon. Certamente, independente de quem fosse a pessoa, estava muito apressada ou atrasada em alguma coisa. Rapidamente, os três jovens perceberam que se trata de seu amigo, Barry que estava suado de tanta correria.

— Eu... — Deu uma pausa para recuperar sua respiração ofegante. — Cheguei...

— Meu Arceus, você está todo suado! — Indagou Dawn vendo a situação do loiro.

— Eu falei que não era pra se atrasar, mas tu não ouviu. — Argumentou Lucas com razão, e realmente, tinha avisado ao amigo sobre as consequências caso continuasse dormindo.

— Ok, ok. Eu não te ouvi e me dei mal, feliz? — Olhou pro Lucas com um leve desgosto.

— Agora fala: "Você tinha razão, Lucas." — Pediu Lucas com um sorriso no rosto por conta do seu pedido.

— Nem ferrando! — Se recusou ao pedido.

— Garotos, acho melhor pararem de brigar e começarmos a pensar em qual caminho seguir. Eu irei ficar na cidade por mais um tempo por conta do torneio.

— Eu estou indo para Oreburgh! Tchau! — Barry rapidamente tirou de sua bolsa dando dois mapas para Astrid e Lucas. Antes que pudessem se despedir ou falar sobre os mapas dados, Barry rapidamente foi embora com uma pressa maior que a anterior.

— Que apressado... — Reclamou Astrid.

— Né. Mas enfim, o que vocês dois planejam fazer? — Concordou Dawn, mas logo desviando o assunto para um mais importante.

— Ontem, quando estava demorando vir com o Barry, eu e a Astrid conversamos e decidimos seguir caminho juntos. Ou pelo menos até Sunyshore pra ela falar com o irmão.

— Hurum, sei. — Disse Dawn com seguindo intenção nos olhos e em seu sorriso de lado.

— Nem vem com esse sorriso! Boa sorte pra vocês dois em sua viagem. — Abraçou os dois antes de seguir caminho para um local oposto, obviamente indo se preparar para o torneio que teria neste exato dia.

Andando por meio do Rota 204 sem muito rumo de estrada, Astrid e Lucas foram interferidos por um treinador que parecia um pouco repreensiva. Os dois se entreolharam pensando quase a mesma coisa em relação ao rapaz, mas pensaram ser apenas uma simples impressão de ambos.

Sua vestimenta era constituída por uma camisa preta por debaixo do seu casaco verde com detalhes pretos. Seus cabelos eram de cor marrom, assim como seus olhos também. Sua calça era de mesma cor, assim como sua botas que cobriam todos os seus pés. Seu casaco era fechado com um zíper de cor dourada. Ele segurava uma Pokébola em mãos.

Achando ele estranho pelo simples fato de estar bloqueando o caminho, os dois jovens tentaram desviar passando por outro lado, mas o outro treinador fez o mesmo ficando no caminho deles novamente. Um pouco irritada, Astrid decidiu se pronunciar naquele imenso silêncio e questionou:

— Com licença, por que está tampando nosso caminho? Posso saber, em? — Questionou Astrid ainda um pouco irritada com tamanho atrapalho do jovem.

— Se irem por esse caminho, será inútil. Ele está tampado por uma rocha que ninguém conseguiu tirar.

— Aaaah, mas então como vamos para Oreburgh agora? — Murmurou perguntando para si mesmo. De repente, o jovem de cabelos marrons começou a rir.

— Qual é a graça? — Questionou a Astrid com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Se estão querendo ir para Oreburgh, estão indo para rota errada. — Gargalhou um pouco antes de continuar a fala. — Ela fica pela Rota 203 e não pela 204. Cês não tem mapa, não?

— Pra ser sincero, sim... — Respondeu Lucas um pouco constrangido com tal engano.

— E por que não usaram? — Perguntou surpreso.

— Eu meio que esqueci e como fiquei com os dois, nem lembrei. — Respondeu Lucas ainda sem graça.

— Enfim, vamos logo para a Rota 203 antes que escureça e nem possamos sair da caverna antes de chegar em Oreburgh. — Ficou na frente dos dois guiando ambos até o caminho certo.

— Como cê sabe tanto sobre o caminho? — Perguntou Lucas, curioso.

— Faço ele muitas vezes. Tô sempre indo e vindo de lá pra cá. E também é porque eu moro em Oreburgh, isso facilita bastante.

— Faz sentido, hehe. — Seguiu caminho com o garoto com a Astrid ao seu lado.

Durante a caminhada de ambos pela cidade de Jubilife à caminho da Rota 203, permanecia um silêncio que de tanto se fazer presente, fez com que tornasse incomodante entre ambos os jovens. Cansada de tanto silêncio, Astrid decidiu quebrá-lo questionando uma das perguntas que martelava em sua cabeça durante toda a caminhada.

— Por final, qual é seu nome? — Astrid buscou mais informações sobre o garoto a sua frente.

— Me chamo Daniel, e vocês?

— Eu me chamo Astrid e esse é o Lucas. Estamos viajando juntos, mas com objetivos diferentes. — Logo explicou-se para evitar pensamentos de segundas intenções.

— Interessante... — Abriu um sorriso de lado.

Chegando finalmente na Rota 203, os jovens se depararam com uma grande abertura de caverna. Por mais que parecesse estar aos pedaços, conseguiria muito bem se manter estável por um longo tempo. Totalmente feita de rochas bem antigas, a caverna se mantinha estável mesmo sendo mais incrível que fosse possível. Em alguns casos, pequenas pedras caíam do teto de rochas, porém, não fariam quaisquer estragos na cabeça de quem caísse por serem bem pequenas.

Ao contrário de Daniel, Lucas e Astrid não estavam muito seguros com a sugestão em entrar em uma caverna onde a única opção é a saída no final, sem nenhum mais. Puxando os dois contra sua vontade, Daniel tentava reconfortá-los em seu medo.

— Não precisam ter tanto medo assim, galera. É só irmos muito rápido que vamos chegar no final rapidinho. — Tentou acalmá-los.

— Se eu morrer aqui, a culpa vai ser tua! — Argumentou um pouco Astrid, por isso, algumas pedras caíram em seu cabelo fazendo-na se assustar com o repentino. — AAAAH!!!

Com o ocorrido, mais pedras caíram sobre o chão, mas dessa vez, não sobre a cabeça de Astrid. Daniel logo tampou a boca dela fazendo um sinal com o dedo em seus lábios.

— Sh! Faça silêncio, ou,  pode acabar danificando um pouco mais a caverna. Ninguém sabe o que pode acontecer.

Astrid apenas concordou com a cabeça protegida com ambas de suas mãos cobrindo-na como forma de prevenção para caso tivesse que proteger o local. Lucas colocou a mão no ombro dela tentando acalmá-la e ajudar ela à superar o pequeno trauma que estava tendo no momento. Lucas olhou de relance para trás vendo a pequena abertura da caverna no qual, dava passagem para entrada que faz alguns segundos tinham entrado.

De repente, um grito extremamente alto pôde ser ouvido por um dos lados da caverna. Diversos Pokémon passaram pelos jovens tentando fugir de algo, sendo bem provável de ser a mesma criatura do grito. Os três tamparam seu ouvido impedindo de ouvir o estrondo, porém, uma avalancha de pedras caiu com o tanto que ecoou o grande grito.

— O que aconteceu? — Questionou Lucas ainda um pouco surpreso com o repentino.

— Não sei também. Vou ver. — Se manteve de frente, porém, estava meio complicado com a escuridão imensa.

— Estamos sem saída! E está tão escuro aqui... — Disse Astrid ainda mais receoso.

— Uma pena que não tenho nenhum Pokémon do tipo fogo pra iluminar. — Lembrou-se Daniel um pouco frustado de não ter justo em um momento como aquele.

— Eu tenho. — Astrid tirou de seu bolso uma pokébola soltando um Pokémon dela rapidamente. Um cavalo de características em uma grande parte de seus corpos saiu da Pokébola. Curioso, o Lucas apontou para o local rapidamente em tentativa de saber mais sobre o mesmo.

— Rapidash geralmente pode ser visto casualmente galopando nos campos e planícies. No entanto, quando esse Pokémon se torna sério, suas crinas ardentes brilham e brilham enquanto galopam até 150 mph. — O aparelho detalhou tudo perfeitamente como o esperado.

— Wow! Que incrível, nunca vi uma Rapidash de perto! — Disse Lucas com uma animação imensa.

— Você não tem uma TV, não? — Questionou Astrid com uma reação incrédula.

— Claro que não! — Concentrou-se mais na Rapidash, ainda admirando-a.

— Até parece que não tinha vida social. Eu, eim. — Retrucou Astrid ainda com a mesma reação que a anterior.

O fogo que saía de certas partes do corpo de Rapidash, iluminava o local de forma mais clara do que uma vela faria. As chamas ardentes queimavam a todo vapor para quem sequer tocasse nos locais. Porém, se Rapidash fosse gentil o bastante com tal treinador, conseguiria fazer o efeito de queimadura sumir dando para o treinador que subisse nela conseguir cavalgar.

— A gente tem que descobrir de onde veio esse som! Senão não vamos sair daqui nunca! — Daniel voltou a atenção para o assunto principal.

— Tá bom. — Concordaram Astrid e Lucas com uníssono.

Ambos foram correndo para outro local da caverna longe da entrada. Em uma simples correria, —juntamente de Rapidash que continuava iluminando o local —, se encontraram com mais Pokémon assustados tentando fugir do que parecia ser o início do caos, ou, pelo menos o que causava aquilo tudo.

Deram-se de encontro com um grupo de dois Pokémon: Golbat e Exploud. Ambos são Pokémon de instintos barulhentos, pois, tem um grande costume de usarem o Supersonic e o Hyper Voice com objetivo de defesa, ou até mesmo, de tormento. Ambos estavam gritando bastante, assustando a maioria dos Pokémon pequenos no local da caverna. O local estava muio mais iluminado por ser perto da saída da caverna.

Olhando para os treinadores, Exploud e Golbat furiosos soltaram seus ataques que atormentavam tanto os Pokémon da caverna. Seus ataques agudos fizeram os jovens tamparem rapidamente seus ouvidos, encolhendo-se em procura de anular a dor que provavelmente sentiriam no fim do ataque, — se parasse. Rapidamente, Lucas pegou um pedaço de madeira disperso na parede de pedras da caverna, colocando a madeira no fogo que emanava na Rapidash deixando o local com mais iluminação.

Repentinamente, um ataque elétrico acertou ambos os Pokémon que faziam tanto alvoroço. Olhando para onde vinha o ataque, se depararam com um Shinx de extremo pequeno porte que parecia ser criança, ou até mesmo recém-nascido de alguns dias. O ataque havia sido Discharge que deu um bom impacto no Golbat por sua desvantagem de tipo, porém, não foi tão forte assim por conta da idade do Shinx.

Furiosos e sem muita paciência no momento, Golbat e Exploud iniciaram seus ataque em direção ao frágil Pokémon. Golbat foi em direção ao Pokémon com um Stell Wing enquanto Exploud carregava seu grande Hyper Beam.

— Rapidash, use o Stomp! — Ordenou Astrid com rapidez. Não queria que o Shinx se machucasse com o ataque vindo em sua direção.

Rapidamente, o cavalo de fogo deu-se de frente com o Golbat dando-lhe um grande chute com suas patas traseiras. O ataque acertou em cheio sua asas derrubando-o contra o chão, mas, infelizmente não deixando-o fora de combate.

Antes mesmo que pudesse refletir contra a grande luz que vinha em sua direção, Rapidash foi jogada contra a parede da caverna com um grande Hyper Beam que veio em sua direção como um raio. Exploud soltou risadas de vitória com expectativa de que poderia ganhar facilmente a batalha.

Jogando sua Pokébola para cima, Daniel revelou um dos seus Pokémon que era ninguém menos que seu primeiro parceiro, Marshtomp. Sem muita demora, Daniel ordenou ao Pokémon um ataque que bateria certamente de frente com o Exploud tão orgulhoso.

— Ataque com o Iron Tail! — Marshtomp rapidamente foi de frente com o Exploud, porém, foi interferido por Golbat que bateu-se de frente com a cauda do inimigo usando suas asas também fortalecidas com ferro.

O atrito e impacto de ambos os ataques acabou formando um pequeno vento pelo poder de cada um. Mesmo assim, Daniel decidiu continuar com o mesmo ataque.

— Marshtomp, continue usando o Iron Tail! — Novamente, decidiu ordenar ao Pokémon que continuasse com a mesma estratégia de ataque. O que não foi diferente de Golbat, que continuou usando seu ataque também.

Os dois ataques novamente entram em atrito, mas, com a força maior do Marshtomp, o Pokémon conseguiu jogar o morcego contra o chão novamente. Astrid decidiu se juntar a batalha novamente junto da sua Rapidash que estava melhor com a distração do Marshtomp.

— Rapidash, ataque com o seu maior Flamethrower!

Uma grande onda de chamas extremamente ardentes foi em direção ao Golbat e Exploud, entretanto, os dois espertamente usarem o Protect para facilmente se proteger do poderosíssimo ataque que vinha em sua direção.

Vendo seus amigos batalharem contra os dois Pokémon, Lucas estava meio receoso em qual dos dois Pokémon que tinha em mãos usar. Ele ia jogar seu Starly, quando viu o Shinx extremamente assustado enquanto se escondia e esquivava das pedras da caverna que caiam com tanto estrondo dos ataques.

— Shinx, quer batalhar?... — Perguntou Lucas ao Pokémon que ainda estava assustado.

O pequeno Pokémon olhou para o treinador a sua frente. Receoso, porém, com confiança apenas no Lucas, resolveu entrar na batalha mesmo não sabendo muito ataques. Entrou de frente ficando ao lado de Rapidash e Marshtomp na batalha.

— Shinx, ataque o Spark! — Ordenou, esperando que Shinx fosse seguro o bastante para seguir.

Em um tom meio inseguro para o ataque, o pequeno Pokémon lançou o ataque em direção principalmente ao Golbat — que teria mais fraqueza com a desvantagem contra o tipo elétrico. O morcego bem esperto, abriu passagem do ataque usando sua asas de ferro que bloqueavam o ataque elétrico por não fazer efeito.

Antes que pudesse atacar, Shinx, foi acertado com o ataque de asas, novamente foi interferido pelo Iron Tail do Marshtomp que por sua força, jogou o Golbat para longe, mas que logo se recuperou no ar antes que houvesse perigo de cair. Aproveitando que todos estavam focados em seu parceiro, Exploud lançou um um Hyper Voice que desestabilizou ambos dos Pokémon.

Temendo que aquilo fosse continuar para sempre, Astrid ordenou sua Rapidash para um ataque certamente traria danos e distração para um ataque principal.

— Rapidash, ataque com o Fire Spin! — Uma labareda de fogo foi jogada em direção ao Exploud e Golbat que ficaram presos, pelo menos o Exploud. Golbat podia muito bem ataque pelos ares.

— Marshtomp, ajude usando o Mud Shot!


— Se atacar assim, acabará acertando o fogo e não eles. Deixe a gente te ajudar! Rapidash, chute o Marshtomp pro ar com o Stomp! — Ordenou Astrid, antes que o Marshtomp atacasse

O cavalo de fogo deu um coice no Marshtomp deixando-o temporariamente no ar, dando o tempo exato para atacar de forma certeira no olho do ataque flamejante que rodava Exploud e Golbat. O ataque de lamas deixou eles bem fracos por conta da grande quantidade e também pelo cansaço.

— Shinx, ataque com a combinação de Ataque Rápido com Spark!

Com extrema rapidez, Shinx deixou o ataque elétrico ficar por volta do seu corpo dando mais vantagem ao ataque. Exploud e Golbat tentaram atacá-lo, mas estavam fracos demais para lançar um ataque forte. Por isso, Shinx conseguiu desviar dos ataques inimigos pela rapidez. Em seguida atacando-os de frente e finalizando o combate.

Assustados e também meios zonzos com a batalha que tiveram agora a pouco, Exploud e Golbat deram o fora por conta da grande fraqueza sentiam no momento. Deixando de lado o combate por puro medo de sofrerem mais danos.

— Ufa... Acabou. — Disse Lucas, por fim. Vendo seus amigos retornarem seus Pokémon de volta para as suas Pokébolas.

— Melhor darmos o fora daqui antes que desabe. — Aconselhou, Daniel. Seus amigos apenas concordaram dando o fora do local o mais rápido do local pela única saída que dava ao final da Rota.

Lucas se surpreendeu por Shinx estar grudado em suas pernas e tê-los seguido.

— Ele é bem grudado em tu. — Disse Daniel, analisando a situação.

— Quem não percebe isso, né? — Astrid olhava a situação, indignada.

Decidido, Lucas ia pegar uma pokebóla, mas Shinx mordeu seu braço, — não fazendo quase nenhuma dor por conta dos seus pequenos dentes de recém-nascido — e assim, fazendo Lucas gemer de dor em um tom bem baixo. O pequeno Pokémon correu para um arbusto onde parecia ser sua "casa" pegando uma Pokébola em tonalidade curiosa.

Seu tom era quase que totalmente branco, só que a listra que cobria seu centro, ao contrário da Pokébola normal, se tornava avermelhada. Shinx queria que o Lucas pegasse a Pokébola e assim, o fez. Colocando levemente sobre o rosto do Shinx e por fim, conseguindo capturá-lo sem muito conhecimento de suas capacidades.

— Parabéns! É o seu terceiro pokémon. — Parabenizou, Astrid.

— Obrigado.

Lucas se distraia mais com a captura que fizera mais que as palavras das outras pessoas. Tanto que perdeu a noção dos seus amigos que estavam ao seu redor. Astrid deu um cascudo nele para chamar sua atenção e tirar a distração presente.

— Está nos ouvindo agora?

— Ah, sim... Desculpa, Astrid, hehe. — Coçou a cabeça, caminhando ao lado dos amigos para a próxima cidade que os aguardava.